Dá mesmo para ser artista independente?
- Leandro Abreu

- 17 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de abr.
Os números apontam que em 2020 o mercado mundial da música cresceu 7% , algo em torno de US$ 1,5b, nada mal para um ano marcado pela pandemia, um ano que praticamente não teve shows.
O crescimento foi puxado pelo mercado fonográfico (venda de música gravada) que tem como a principal alavanca as plataformas de streaming, que cresceram 20% no mesmo período. Pegando o Spotify, a maior das plataformas digitais como referência, vemos que a participação dos músicos independentes segue crescendo ano após ano e hoje já são 35% de todo tráfego online.
Esses números mostram a consolidação de um novo mercado que vem se transformando nos últimos 20 anos, um mercado onde artistas podem criar, gravar e masterizar suas músicas em estúdios caseiros e, com poucos cliques, essas mesmas músicas já estão disponíveis nessas plataformas, ao lado de artistas consagrados.
Mas toda essa facilidade para se inserir em um mercado que só cresce está forçando os artistas a se profissionalizarem em outras atividades muitas vezes negligenciadas.
Os papéis antes exercidos pela gravadora como marketing, divulgação, gestão de shows e gestão de direitos autorais hoje tem de ser feito próprio artista, caso contrário todo o esforço empreendido em gravar e colocar a música online não vai gerar nenhum resultado.
Mas como fazer tudo isso e ainda ter tempo para criar, gravar e fazer shows?
A saída é montar parcerias. Escolher empresas especializadas para atuar como empresário, agente de shows, editor, ´marketeiro´, produtor, distribuidor, contador, assessor de imprensa etc é de suma importância para vencer no mercado.
Contratar uma equipe completa dessa pode ser muito caro para o artista que está começando, portanto a dica é trazer para o time amigos que acreditam no seu trabalho e que podem exercer bem a função ou fechar acordos com empresas e profissionais baseados em percentual de participação nas vendas, dessa maneira todos virarão sócios do sucesso.
Agora, tudo isso que estamos falando (tecnologia, gestão de carreira, edição, marketing etc) só fará a diferença se o artista tiver uma base de fãs sólida.
Converter seguidores do mundo virtual em fãs na vida real fazendo com que as pessoas consumam suas músicas e seus produtos é o pilar fundamental para o sucesso do artista, e essa conexão com seus fãs é construida com base na verdade.
Se você já tem essa base de fãs e os trata como rei, parabéns, está no caminho certo para vencer como independente!

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